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T-shirt "Trophy" da Target vira polêmica nas redes sociais



Não é de hoje que tenho percebido como as redes sociais tem tornado o mundo mais chato e as pessoas cada vez mais hipócritas. Parece até que a vida tá fácil e resta muito tempo pra criarmos debates sobre tudo e todos.
Na era da internet e do empoderamento da fala, tudo é motivo de polêmica. Basta uma só pessoa começar para que toda a sua rede reverbere o assunto, e como num passe de mágica uma cadeia estratosférica logo se forma tornando o tal assunto polêmica mundial, com milhares de pessoas com muito-tempo-ocioso discutindo, debatendo e querendo dar a sua contribuição intelectual ao mundo. Como se todos tivessem como por obrigação ter opinião sobre tudo e tudo fosse motivo para intensos e longos debates.
Já diziam meus amigos na infância, se você olhar pra uma nuvem e procurar a figura de um Snoop, você fatalmente encontrará um Snoop perfeitamente escupido com o poder da nossa mente. Da mesma forma são com as demais coisas, quando se trata do mundo mágico da imaginação. Se fixarmos o olhar em uma determinada foto tentando enxergar algo em específico, uma hora nossa mente vai encontrar, nem que seja algo que de longe, no escuro e usando uma lupa se assemelhe ao que tanto procurávamos. Foi assim com o vestido que era azul e preto para uns e branco e dourado para outros, com a morte do sertanejo num acidente de carro e tantos e tantos outros assuntos que renderam mais do que deveriam por culpa dessa tal imaginação fértil.

Mas antes que todos pensem que isso é mal de brasileiro (e vire polêmica) o exemplo de hoje vem dos Estados Unidos. A  famosa rede de varejo americana Target está sendo alvo (sem trocadilhos) de críticas por conta de uma camiseta feminina que traz a palavra “Trophy” (troféu) estampada. Segundo os críticos das rede sociais a estampa incita a violência contra a mulher, inspirando e perpetuando a cultura do estupro.  Oi???


Não tenho nada contra o movimento feminista, pelo contrário, sou mulher e como tal também compartilho das preocupações com o gênero. Também não ouvi o estilista que desenvolveu a peça, sua inspiração e intenção. Mas, analisando friamente não consigo perceber onde está o “ser vulnerável” inserido na estampa “troféu”. Assim como não vejo as referências de “olá, eu sou um objeto! use-me! me coloque numa caixa! leve-me pra casa! brinque comigo!” em uma estampa que traz tão somente a palavra “Barbie”, por exemplo.
Na moda, na música e em outras tantas expressões de arte e criatividade essa síndrome de "procurar Snoop em nuvem" é totalmente nociva e não apenas limita e polda, mas transforma o mundo num lugar cada vez mais chato. Pronto, falei… que comecem a polêmica!  

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